Uma das experiências mais frustrantes para um fotógrafo é, com certeza, levar um calote e ter que superar as horas perdidas e o trabalho dedicado sem nenhum retorno. Por mais amor que exista pela profissão, quando você escolhe um trabalho como fonte de sobrevivência, não dá pra trabalhar de graça. Em uma área onde é necessário tanto investimento – como é na fotografia -, é muito importante aprender como não levar calote de cliente.
Quer descobrir como? É só continuar acompanhando a leitura!
A minha experiência com calote de cliente na fotografia
Tudo o que eu ensino para outros fotógrafos é resultado de muito estudo, aprendizado e vivência.
Se eu ensino a como não levar calote de cliente, é porque já passei por essa situação, aprendi quais foram os meus erros e também aprendi a corrigi-los.
Meu primeiro calote foi também o último. Isso porque, a partir dele, eu transformei a minha mentalidade e a forma de enxergar meu negócio.
Inclusive, ele foi o primeiro passo para a criação do Coisa de Fotógrafa.
Trabalhei durante 6 horas na cobertura de uma festa de 15 anos. Sem contar o tempo perdido fazendo a edição e arrumando com todo carinho a entrega das fotos.
Na época, cobrei 700 reais pelo serviço e recebi um cheque sem fundo.
A entrega foi preparada, mas não foi feita depois de tantas mensagens sem resposta. Porém, isso não anulou a frustração de ter feito um trabalho à toa.
Mas ainda assim existiu um lado bom: quando aprendi tudo que sei e que vou te ensinar hoje nesse artigo.
Como não levar calote de cliente na fotografia? Veja 6 passos
Nem sempre o calote é culpa só de quem deixou de pagar, sabia?
Na verdade, na maioria das vezes existem muitos erros por parte do profissional também.
Para aprender como não levar calote de cliente, é importante que você entenda onde você pode estar cometendo falhas. Assim, você pode corrigi-las e evitar essa situação.
5 ERROS DE FOTÓGRAFOS INICIANTES E COMO EVITÁ-LOS
Veja agora 6 passos para não levar calote de cliente na fotografia:
1. Faça a reserva da data apenas com sinal
Não comprometa uma data na sua agenda sem o sinal.
Pedir o pagamento de sinal dá uma maior garantia de que o compromisso vai ser respeitado sem que haja desistências e cancelamentos por parte de clientes indecisos.
Afinal, a partir do momento que você reserva uma data para um cliente específico, aquele horário está sendo comprometido. Logo, impossibilitado de ser utilizado por outros possíveis clientes interessados.
Então, é uma super dor de cabeça quando, de última hora, o contratante decide desistir do seu serviço.
Como esse sinal não é devolvido em caso de desistência, o cliente acaba resistindo mais ao tomar essa decisão e cumpre com o combinado com maior compromisso.
2. Elabore um contrato eficiente
Primeiro de tudo, o contrato precisa ser uma ferramenta indispensável para o seu negócio se você deseja ter uma empresa de sucesso.
Mas, quando falo de contrato, não falo apenas das suas obrigações, das suas responsabilidades e dos seus compromissos como profissionais.
Eu estou falando de ambas as partes, já que você também pode ser lesado e precisa se resguardar como profissional e empresa.
A prestação de serviço é uma troca onde, assim como o cliente pode ficar inseguro em investir seu dinheiro, o profissional também possui inseguranças ao investir tempo e trabalho em um acordo que corre o risco de não ser respeitado.
Então, trabalhe com um contrato que tenha todas as cláusulas necessárias que te assegurem do combinado feito com seus clientes.
3. Tenha o pagamento quitado até a data do trabalho
Além de cobrar o sinal para reserva da data e garantia de que o serviço será prestado, tenha certeza de que o pagamento todo será quitado antes de sair para o ensaio ou evento.
QUANTO COBRAR NA FOTOGRAFIA? MÉTODO SIMPLIFICADO
O momento das fotos é parte do trabalho que depende do esforço e disponibilidade do fotógrafo. Por isso, você não deve realizá-lo sem a garantia do pagamento.
Imagina se planejar, se deslocar, reservar seu tempo, se esforçar física e criativamente fotografando, e no fim das contas não receber por isso?
4. Sem pagamento, sem foto!
Vamos supor que você não seguiu meus conselhos anteriores, confiou no cliente, reservou sua data, fotografou e preparou tudo para a entrega final sem receber o pagamento completo.
Não quer aumentar suas chances de receber um calote? Não entregue as fotos antes de receber o seu dinheiro.
Afinal, se a pessoa não te pagou até agora e se existe o mínimo de intenção de não realizar esse pagamento, por que ela faria depois de ter todo o material em mãos?
Quando se trata da sua empresa e do seu trabalho, mais do que confiar em boas intenções, você precisa se preservar.
5. Não se sinta mal em cobrar
Você não precisa se sentir culpado em cobrar algo que é um direito seu, principalmente quando está firmado em contrato – se você estiver seguindo minhas dicas.
Se você que se dedicou a realizar o trabalho não demonstrar preocupação na realização do pagamento, seu cliente demonstrará menos ainda.
Lembre que essa cobrança deve ser feita antes mesmo da realização das fotos.
Isso porque, após a entrega do serviço e do material contratado, o único lado que estará aguardando o cumprimento do combinado será você como profissional.
Se não existe pressa e preocupação do cliente em cumprir com sua parte do combinado, você deverá ser o responsável por fazer essa cobrança. Não tenha medo.
6. Demita clientes problemáticos!
Sempre tem aquele cliente que você já tentou uma, tentou duas e ainda pensa em tentar a terceira por medo de “perder dinheiro”.
Sempre tem porque você deixa. Pare agora com isso e passe a demitir esses clientes problemáticos.
Na verdade, você não precisa nem deixar acontecer uma, duas e três vezes.
Na primeira vez, se perceber que o cliente não respeita seu formato de trabalho, a forma como você administra sua empresa e questiona suas formas de pagamento (pede desconto, reclama, quer adiar o pagamento…) – demita ele de uma vez.
Sim, você pode ser o responsável por desistir dessa oportunidade e, com toda educação do mundo, recusar a proposta e interesse do seu cliente.
Você não é obrigado a aceitar todo tipo de trabalho que aparecer e nem precisa fazer isso. Isso, inclusive, pode ser prejudicial ao seu negócio.
Eu explico melhor sobre como não definir bem seu público-alvo e “pegar” qualquer trabalho pode afetar o sucesso da sua empresa nas aulas do Fotografia Como Negócio.
Por lá, também ensino tudo sobre a parte burocrática – que é essencial para que sua fotografia dê certo e você possa viver dela – desde o financeiro até o contratual.
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